Como amamentar corretamente: confira 5 dicas

Qual a melhor forma para fazer o aleitamento de seu bebê? Veja cinco dicas de como amamentar corretamente
mãe mostra como amamentar corretamente|mãe mostrando como amamentar corretamente

As mães de primeira viagem enfrentam, além de uma ansiedade natural, o desafio de cuidar de uma nova vida e de dobrar os cuidados consigo mesma. Diversas dúvidas pairam em sua cabeça: como amamentar corretamente, quantas vezes a criança deve mamar, quanto tempo de sono é considerado normal, que exames o bebê precisa fazer, etc.

A amamentação compreende uma das principais preocupações da maternidade, pois ela diz respeito ao alimento primordial das crianças. É fundamental, inclusive, que a criança receba o leite da mãe já em sua primeira hora de vida. O Ministério da Saúde recomenda que, até os seis meses de idade, o bebê receba somente o leite materno. Ele já é capaz de suprir toda sua necessidade alimentícia (não é necessária a ingestão de água, sucos ou chás até o primeiro semestre de vida), e deve-se estender o aleitamento até os dois anos de idade ou mais.

Para que a mãe possa realizá-lo da melhor forma, nutrindo a criança de modo mais confortável a ambos, são necessários alguns cuidados e métodos. No artigo a seguir, falaremos mais sobre a importância da amamentação, seus benefícios e dicas para amamentar corretamente.

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Qual a importância da amamentação?

Mais do que nutrir o bebê, especialmente durante o puerpério, a amamentação é um importante fator de criação de elo afetivo entre mãe e filho, além de ser responsável por contribuir consideravelmente para a saúde da criança, prevenindo-a de doenças.

Estima-se que o aleitamento seja capaz de diminuir em até 13% a morte de crianças menores de 5 anos em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Falando da saúde da mãe, ele pode evitar cerca de 20 mil mortes por câncer de mama anualmente.

No entanto, a alimentação via leite materno para as crianças menores de seis meses de idade ainda é um desafio mundial: apenas quatro em cada dez bebês no mundo se alimentam exclusivamente do leite da mãe, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgados em 2019.

Esta estatística encontra maior índice nos países mais desenvolvidos. Neles, apenas 23,9% das crianças são alimentadas somente com o leite materno em seu primeiro semestre após o nascimento. Um dos principais motivos para esse baixo percentual é a dificuldade de suporte trabalhista às mães, que acabam por não conseguir amamentar os filhos de forma devida; sob o cuidado de outras pessoas, as crianças são muitas vezes alimentadas por fórmula.

No Brasil, o índice foi estimado em 38,6%, de acordo com a UNICEF e a OMS. Em países menos desenvolvidos, esse indicador gira em torno de 40% a 50%. O volume também é superior em áreas rurais na comparação com regiões urbanas.

Observando cenários como este, se faz perceptível a necessidade de políticas públicas sociais e de saúde que estimulem a saúde materna e deem todo o suporte para a mãe e o bebê.

 

Quais são os benefícios da amamentação?

O leite materno possui um papel fundamental no desenvolvimento do sistema imunológico da criança, atuando como um verdadeiro guardião que cria defesas diante da eminência de doenças e complicações que podem incorrer especialmente nos primeiros meses de vida.

Todavia, o aleitamento é ainda benéfico também para a mulher, auxiliando-a na prevenção de doenças vasculares e alguns tipos de câncer, por exemplo.

Entre os benefícios para o bebê, estão:

  • Melhora na digestão
  • Redução de cólicas
  • Desenvolvimento da inteligência
  • Diminuição de risco de alergias
  • Diminuição de risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes
  • Redução de chance de desenvolver obesidade
  • Redução de chance de desenvolver Doença de Chron e linfoma
  • Estímulo e fortalecimento da arcada dentária
  • Prevenção contra doenças contagiosas
  • Fortalecimento do vínculo com a mãe

Já os benefícios da amamentação para a mãe incluem:

  • Redução de riscos de hemorragia pós-parto
  • Diminuição de chances de desenvolver câncer de mama, ovário e colo do útero
  • Auxílio na perda de peso
  • Proteção contra doenças cardiovasculares
  • Proteção contra a osteoporose
  • Fortalecimento do vínculo com o filho

A amamentação é, portanto, indispensável para a saúde da mãe e da criança. Para o bebê, principalmente, se faz como um elemento indispensável para que ele tenha um crescimento saudável e confortável. Isto terá reflexos não somente em toda a infância, mas também na fase adulta.

É fundamental, porém, que a amamentação seja feita de modo apropriado.

 

Como amamentar corretamente?

mãe mostrando como amamentar corretamente

Por mais que se tenha dimensão da importância e necessidade de realizar o aleitamento, as mães costumam encontrar desafios na hora de amamentar, particularmente aquelas de primeira viagem.

A amamentação é, muitas vezes, desconfortável, além de poder gerar desgaste na mãe. E feita de forma inapropriada, pode inclusive levar a lesões nas mamas. Por isso, são necessários cuidados para que a mãe possa aleitar de forma segura, com maior conforto, também sem colocar a criança em riscos (geralmente ligados à postura).

Por isso, listamos cinco dicas sobre como amamentar corretamente:

1.        Observe se o bebê está com fome

Amamentar o bebê no momento adequado é fundamental para um aleitamento correto e mais confortável. Não se deve forçar o bebê a mamar quando ele não está com fome, e muito menos privá-lo do leite materno quando o desejar. Por isso, é importante observar se a criança está com fome.

Para isso, ela manifesta alguns sinais. Além do choro mais forte e alto, inquietude, chupar os dedos, ficar com a mão na boca e buscar o mamilo (quando no colo da mãe) são sinais de necessidade de amamentação.

2.        Esteja em uma posição confortável

É recomendado que a mãe esteja sentada para realizar a amamentação, em um lugar confortável, onde possa manter as costas retas e apoiadas, sem sentir desconforto. Esta é a melhor posição para que o bebê seja devidamente ajustado para o aleitamento.

3.        Posicione corretamente o bebê

Uma vez devidamente acomodada, a mãe deve colocar a criança em decúbito lateral, ou seja, deitado com a cabeça apoiada no ângulo do braço. Isso é fundamental para que o bebê realize a pega do modo correto.

A cabeça da criança deve estar voltada para a mama que será oferecida, e o abdômen dela, colado ao da mãe. O mamilo deve encostar no lábio do bebê – ele naturalmente irá apreendê-lo se estiver posicionado corretamente. É importante se certificar de que o nariz do bebê encoste no seio e que os lábios dele sejam projetados para fora.

4.        Identifique se o bebê mamou o suficiente

A mãe deve observar alguns sinais: o peito deve estar mais vazio e mole após a mamada, com pouca saída de leite ao ser pressionado. O bebê, por sua vez, deve demonstrar calma e satisfação, podendo até dormir após a mamada.

Para retirar o bebê do peito sem machucá-lo, pode-se inserir delicadamente o dedo mindinho no canto de sua boca para interromper a sucção. Após a mamada, a criança deve ser colocada na posição vertical. Dê leves batidinhas nas costas para que o bebê possa arrotar.

5.        Use sutiã e evite o entupimento dos ductos mamários

O uso de sutiãs é recomendado para que as mamas se mantenham elevadas, facilitando o aleitamento, além de evitar o entupimento dos ductos mamários, que pode causar muita dor.

Se a mãe tiver pontos dolorosos específicos, deve amamentar normalmente e fazer a ordenha das mamas ao redor da auréola. Essa ordenha, que funciona como uma massagem no seio, deve ser feita várias vezes ao dia ou até a dor desaparecer (em caso de persistência, é recomendável a consulta médica).

 

Quantas vezes por dia se deve amamentar?

O bebê deve ser amamentado sempre que quiser e sentir necessidade. Cada criança tem seu próprio ritmo de amamentação, então o número de vezes pode variar.

Conforme cresce e se desenvolve, a criança passa a comportar maiores volumes de leite, espaçando mais a quantidade e tempo das mamadas.

Em caso de dúvidas sobre o comportamento do bebê quanto à amamentação, procure um pediatra.

 

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